Não sou caminhoneiro,
Não tenho párachoque
Para ostentar um ditado,
Um provérbio ou uma piada.
Não sou proprietário de barco,
Navio ou iate para batizar,
Para sintetizar em um verbo
Minha identidade.
Tampouco possuo sítio
Onde possa pôr na tabuleta
O nome do sonho meu.
Por isso me perdoem,
Mas preciso escrever poemas.
Escrevo poemas como quem dirige
Um caminhão em direção ao mar
E entra num barco
Rumo a um sítio litorâneo
Escrevo poemas
Como profissão
Como viagem
Como uma forma de viver.
domingo, 25 de maio de 2008
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